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Quem Somos

Centro De Convivência Movimento

 

1. Visão (Fundamentação Teórica)

Segundo Lorna Wing (1998), o autismo é uma grave perturbação da capacidade de interação social. Se pensarmos sobre interação social, poderemos concluir que este é um complexo processo que envolve: habilidade inata para reconhecer que os seres humanos são diferentes e interessantes; habilidade de emitir sinais não verbais que atraem a atenção dos outros e responder aos sinais emitidos pelas pessoas; habilidade de desenvolver meios verbais de comunicação; empatia instintiva com os pensamentos e sentimentos dos outros. Para uma pessoa com autismo, estas habilidades são gravemente alteradas, principalmente no que se refere ao reconhecer os seres humanos como interessantes e demonstrar empatia.

A tríade do quadro de autismo, segundo Wing, se dá no prejuízo na comunicação, na interação social e na imaginação, não reside na ausência de tais comportamentos, mas sim na ausência das habilidades para fazê-los. A questão da dificuldade em resistir às mudanças, pode ser claramente entendida como um refúgio nos aspectos imutáveis do mundo pela falta de habilidade em compreender as complexidades e constantes mudanças da vida social.

 

2. Missão e Valores

O CCM compreende a pessoa em desenvolvimento, como uma espiral crescente e complexa, compondo os diversos aspectos da vida.

Tomemos os aspectos da área física, por exemplo, um aspecto que diz respeito à manutenção da saúde, cuidados com a nutrição e acesso a serviços médicos e odontológicos adequados

Independência e autonomia estão diretamente relacionadas com questões materiais e preservação de direitos como Permitir a propriedade; Aumentar a quantidade disponível de rendimentos pessoais; Promover a segurança doméstica; Promover a quantidade e qualidade de bens pessoais; além da possibilidade de escolha.

Quanto aos aspectos sociais, quando se procura modos de garantir o direito de presença na comunidade promovendo o acesso a espaços públicos, encorajando relacionamentos e permitindo escolhas ainda que em aspectos simples e básicos, entre outras possibilidades.

Sobre a comunicação, entendemos que a falta de compreensão para comportamentos ou sons emitidos em determinados contextos, ou ainda, a compreensão de que não haja comunicação em tais atos, seja o estopim para comportamentos ditos agressivos. Não desenvolver um código de linguagem compartilhado oferece relações imprevisíveis e inconstantes, além de que a falta do mesmo, coloca o sujeito em um lugar de não legítimo na relação e na convivência.

O Centro de Convivência Movimento sustenta a hipótese de que “há linguagem mesmo que você não reconheça o código.” ( do original: “There is language even though you do not recognize the code” – Ayub, P., Washington, 2005).

Além da busca por compartilhar significados comuns, o CCM também busca introduzir pequenas diferenças no dia a dia da pessoa com TEA, buscando valorizar o planejamento e a antecipação de cada ação a ser modificada para que haja aceitação dentro da rotina. E ainda,

1. Auxiliar na autonomia das atividades de vida diária;

2. Assegurar a integridade física e psicológica;

3. Estimular o contato afetivo e social;

4. Oferecer experiências que possibilitem o aumento da auto – estima pela descoberta das habilidades.